25 de agosto de 2011

QUANDO SE ORA ERRADAMENTE

Algumas vezes ora-se não só em vão, mas também errado. Vejamos o exemplo: Israel fora derrotado em Ai e “Josué rasgou suas vestes, e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a Arca do SENHOR até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre a sua cabeça” (Josué 7:6).
De acordo com a nossa atual filosofia de reavivamento, isso era o que deveria ser feito e, uma vez que isso se fizesse continuamente, é certo que convenceria a Deus e Ele acabaria concedendo a bênção. Mas “disse o SENHOR a Josué: Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara... Dispõe-te e santifica o povo e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: ... aos vossos inimigos não podereis resistir, enquanto não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas” (Josué 7:10-13).
Pedir que bênçãos caiam sobre um povo desobediente é desperdiçar tempo e energia. Certa vez o SENHOR pela boca do profeta Isaías disse palavras que aclaram este assunto de uma vez por todas.
“10 Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra. 11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. 12 Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? 13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. 14 As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. 15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. 16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. 17 Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. 18 Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. 19 Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. 20 Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse.”
Os rogos, pedindo reavivamento, sé serão ouvidos quando acompanhados de uma radical emenda ou reforma de vida; nunca antes. Reuniões de oração que atravessam a noite, mas que não são precedidas de verdadeiro arrependimento só servem para desagradar a Deus. “O obedecer é melhor do que o sacrificar” (I Sm 15:22)
Urge voltarmos ao verdadeiro cristianismo com prática real de vida. Separação, obediência, humildade, naturalidade, seriedade, autodomínio, modéstia, longanimidade: tudo isso precisa fazer parte do viver cotidiano normal de quem se diz discípulo de Jesus. Precisamos purificar o tempo, tirando os mercenários e os cambistas, e ficarmos sob a autoridade do SENHOR ressurreto. Daí, sim, poderemos orar em plena confiança, e aguardar o verdadeiro reavivamento que certo virá.
A. W. Tozer
Extraído e adaptado da Revista da UPH, ano XIV, nº 54, 3º trimestre, pg. 4.

11 de agosto de 2011

Deus teve um único filho, e fez dele um missionário


“...Porque ai de mim se não pregar o Evangelho!” (I Coríntios 9:16)

O Pastor Elizeu de Lima certa vez contou uma lenda sobre uma conversa entre um mamoeiro e uma andorinha. O mamoeiro olhava para seus belos frutos, todos cheios de uma polpa suculenta, e dizia:

- Sinceramente, dona Andorinha, não sei como a senhora consegue viver sob o fardo de nunca conseguir produzir um mamãozinho sequer. Veja os meus, como são vistosos! Como a senhora agüenta essa vida infrutífera?
- Sinceramente, senhor mamoeiro – Respondeu a Andorinha – Eu é que não entendo como o senhor agüenta ficar plantado aí todo o tempo, sem poder contemplar a linda vista que se tem lá de cima... sem conseguir viajar para países distantes. Apenas dando os seus mamões.

O Pastor termina a estória dizendo que enquanto a Andorinha se realiza voando, o mamoeiro se realiza frutificando, e isso pelo simples fato de que ambos estão cumprindo as tarefas para as quais foram criados.
E você, para que foi feito(a)? O que será que Deus tinha em mente quando nos fez a todos nós? Vamos lembrar de Gênesis 2:15, que diz que “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.” A partir de então percebemos que não fomos criados para buscar nossos próprios interesses, mas sim, para cuidarmos das coisas que são concernentes ao Reino de Deus.
A frase usada como título dessa mensagem ficou por muito tempo pregada na porta da minha geladeira, na intenção de mostrar a todos em casa o motivo pelo qual eu estava indo para o campo missionário.
Deus nos criou para Ele. Somos feitos para servi-lO. Qualquer outra vida diferente disso resultará em frustração.
Dedique-se a Ele e comprove.

Pr. Luiz Henrique Cabral