17 de fevereiro de 2012

A outra janela


A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte de seu cão de estimação. Com pesar observava atenta ao jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.
O avô que observava a neta aproximou-se, envolveu-a em um abraço e falou-lhe com serenidade:
- Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância. No entanto, o avô que desejava confortá-la chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-lhe pela mão e a conduziu para uma janela opostamente localizada na ampla sala. Abriu as cortinas e permitiu-a que visse o jardim florido a sua frente e lhe perguntou carinhosamente:
- Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali na frente? Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi em um dia de sol como hoje que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos e hoje veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas.
A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre umas e outras das tantas rosas de variadas cores que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor falou-lhe com afeto:
- Veja, minha filha. A vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente.

Não vale a pena sofrer diante de quadros que não podemos alterar. Devemos tirar lições de todas as experiências da vida sem nos deixar tragar pelo desespero que demonstra nossa falta de confiança em Deus. Ele sempre nos apresenta objetivos nobres e alegres junto com cada dificuldade.
Se hoje você está vendo um quadro desolador, lembre-se de que existem outras janelas.


Autor desconhecido

15 de fevereiro de 2012

Festa da carne


"Eles não são do mundo, como também eu não sou." João 17.16


Antes de começarmos nossa ‘conversa’, faça-me um favor. Pegue a sua Bíblia e procure nos Evangelhos alguma passagem em que Jesus tenha se enganado. Vamos lá, eu espero...




...E então? Achou? Pois é! Eu também não.
No versículo que abre essa pastoral, Jesus está conversando com Deus, em oração, e afirma que nós, os filhos de Deus, não somos deste mundo. Sendo assim é esperado que haja muita diferença entre aquilo que fazemos daquilo que o restante das pessoas (os filhos do mundo) faz.
Mas será que isso é exatamente o que tem ocorrido? Bem, estamos nos aproximando de um período em que poderemos observar isso de uma forma mais intensa: o carnaval! Vamos conhecer um pouco dessa festa:
Essa festa surgiu com a implantação da Quaresma (quarenta dias de jejum). A Quarta feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma, e o carnaval seria a celebração de todos aqueles prazeres que precisariam ser deixados de lado no período da Quaresma (uma espécie de despedida saudosa desses prazeres). A palavra "carnaval" vem da expressão "carnis valles", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.
Eu convido, então, os filhos de Deus para pensarem: “Será que isso é para mim?”. Não somos desse mundo, como Jesus disse, portanto não devemos participar dessa festa. Jesus nunca se engana, como dissemos, mas quando agimos como os filhos do mundo estamos indo contra o que Jesus disse. Estamos fazendo-o mentiroso.
Antes de celebrarmos a qualquer festa voltada aos prazeres da carne (e não apenas o carnaval) devemos pensar: Será que devo agir de forma a fazer de Jesus um mentiroso?
Reflita.

Rev. Luiz Henrique B. Cabral